terça-feira, 31 de março de 2009

MENSAGEM IMPORTANTE

EU AVISO QUE OS NOSSOS APRESENTADORES (VERDINHO E AZULINHO) DEIXARAM O BLOGUE E NÃO VÃO DAR MAIS NOTÍCIAS.
FORA ISSO, VÃO SER SEMPRE PUBLICADAS NO BLOGUE COISAS AINDA MAIS GIRAS E
DA MINHA AUTORIA!

DIVIRTAM -SE!


DAVID SANTOS

sábado, 7 de março de 2009

Histórias e notícias com os nossos apresentadores( verdinho e azulinho )


verdinho: olá mais uma vez.
azulinho: passemos às histórias.
Há mais de dois milhares de anos que aconteceu esta história ou outra parecida com a que eu vou contar. Milhares de anos depois, vai-se lá saber. O rei Nabucodonosor, imperador dos caldeus, senhor da Babilónia, conquistador do Líbano, dominador da Fenícia, protector da Judeia, cobria com o seu manto e mando meio mundo. Ou quase… Os muitos escravos, que trouxera das suas expedições guerreiras, eram a sua ostentação, quando o cortejo real percorria as ruas e alamedas da Babilónia, ladeadas de lanças, ramos de palmeiras e aclamações. Escolhera-os um por um, de entre os mais jovens, nobres e bem parecidos. Vestidos com túnicas debruadas a ouro, pareciam príncipes. Mas eram escravos. Um deles, proveniente da Judeia, chamava-se Daniel. Os companheiros devotavam-lhe uma grande amizade e respeitavam-no como o melhor de todos, porque ele era o mais inteligente e o mais generoso. Aconteceu que, numa manhã tempestuosa, o rei acordou em cólera. Tinha tido um sonho esquisito e apavorante, que se desvanecera, à luz do dia. Do que tratava? Donde viera? Como findara? Do que tratava? Donde viera? Como findara? O rei tentava a todo o custo recordar-se, mas sem êxito. Estava convencido que o sonho lhe trazia um aviso urgente. Mas qual? Por mais esforços que fizesse, o rei não conseguia lembrar-se. Mandou chamar os sábios do reino e exigiu-lhes: - Digam-me que sonho sonhei, na noite passada, e o que significa. Por mais sábio que se seja, ninguém pode adivinhar os sonhos alheios. Foi isto, tal e qual, o que disseram os sábios. Enfureceu-se o rei: - Mando cortar-vos a cabeça se até amanhã, ao raiar do sol, não descobrirem a charada do meu sonho. Os sábios saíram dos aposentos do rei, de cabeça baixa, como se já a oferecessem ao machado do carrasco. Durante o dia, não se falou de outra coisa no palácio. Daniel, condoído com os velhos sábios, pediu ao Deus da sua crença que lhe iluminasse o sono com um sonho igual ao do rei. Na madrugada seguinte, Daniel, mal acordou, pediu para ser recebido por Nabucodonosor. Trazia-lhe o sonho para contar. - Vós vistes no vosso sonho uma estátua colossal - começou Daniel. - Sim, agora me recordo que era uma estátua de um tamanho nunca visto - reconheceu o rei, cheio de atenção. Daniel prosseguiu: - O colosso tinha a cabeça moldada em ouro maciço, os braços e o peito eram de prata, o ventre e as coxas de bronze, as pernas de ferro e os pés… - … de barro! - exclamou o rei, dando uma pancada na testa. - Agora me lembro que atiraram uma pedra à estátua. A pedra caiu nos pés de barro, que se partiram em cacos. A estátua vacilou e desmoronou-se no chão. E depois? Daniel concluiu o sonho: - Depois, o ouro, a prata, o ferro e o bronze despedaçaram-se e desfizeram-se em pó, que o vento varreu. Nada valeu à gigantesca estátua, porque tinha pés de barro… - O que é que me quis anunciar o sonho? - indagou, com voz trémula, Nabucodonosor. - Grande e nobre rei, senhor de um império colossal, o sonho anunciou-te o que tu já pressentiste. Todo o poder tem pés de barro. Toda a grandeza é perecível. Toda a majestade há-de transformar-se em pó. Nabucodonosor despediu com um gesto o escravo Daniel e escondeu a cabeça debaixo do manto, apavorado. Pela primeira vez na vida teve medo de ser rei. Não conta a história se a lição lhe serviu para o resto do seu reinado, mas é de crer que sim.
Agora passemos a outra história:
Era uma vez um urso de peluche que não conseguia dormir sem uma menina chamada Teresa, abraçada a ele. Um dia, a menina chamada Teresa foi de férias e esqueceu-se do urso de peluche em casa. O pobre do ursinho passou a noite em branco. À segunda noite, ainda tentou pedir a uma boneca, das muitas que a menina não tinha levado na bagagem, se não se importava, isto é, se não via inconveniente, ou melhor, se não lhe fazia diferença que ele se aconchegasse a ela. Claro que não era a mesma coisa, mas talvez resultasse. Tentou pedir, esboçou uma conversa sem propósito, mas não passou disso. Teve vergonha de formular o pedido, embaraçou-se nas palavras requeridas e passou outra noite de insónia. A boneca nem chegou a perceber o que ele realmente queria. Na terceira noite, de olhos a arder, o urso de peluche cabeceou de sono, mas não conseguiu dormir como deve ser. Faltava-lhe a menina, a respiração da menina, o perfume da menina, os cabelos da menina, a comicharem-lhe o nariz. Ah, se ele soubesse para onde é que ela tinha ido! À quarta noite... Não, não vamos fazê-lo sofrer mais. Antes da nova noite de espertina que se anunciava, o pai de Teresa entrou no quarto, agarrou no urso de peluche e meteu-o na pasta. Para onde era a viagem? Já se calcula. Quando o pai chegou à casa de férias e tirou o ursinho da pasta, foi uma alegria. - Vamos lá ver se, daqui para a frente, adormeces sem rabujar - disse ele para a menina, que se abraçava ao urso de peluche como se fosse uma prenda nova. - Não faz sentido que continues sempre presa ao teu urso de peluche - continuou o pai. - Tu vais crescer e, qualquer dia, tens de aprender a dormir sem o ursinho. - Nunca - exclamou a menina. “Nunca”, teria dito o ursinho, se não fosse tão envergonhado. Claro que a menina cresceu e provou-se que o pai tinha razão, mas isso já faz parte de outra história e esta tem de acabar aqui e bem.