domingo, 11 de janeiro de 2009

as minhas histórias

O dragão egoísta

Num reino muito longe daqui vivia um cavaleiro que estava farto de descobrir a mesma terra.
Um dia pensou em partir. Vestiu uma armadura, procurou uma espada, um escudo e disse:
- Tenho de levar o meu cavalo e também de muita comida.

Galopou, galopou por vales e montes. Até que chegou a uma terra que se chamava Prado Verde onde as coisas eram todas verdes.
Aproximou- se e encontrou um dragão que lhe disse:
- O que fazes aqui no meu território, intruso?
- Vim só explora-lo!
Então o dragão como era muito egoísta respondeu:
- Sai daqui que esta terra não é tua!
E dizendo isto foi-se embora.
O valente cavaleiro não desistiu:
- Tenho de arranjar um plano para ele deixar de ser tão egoísta.
E então meteu-se a comer um belo bife.
Quando o dragão viu aquilo quis um pouco também. Mas ao ver que o cavaleiro não lhe emprestava um pouco, pensou que não devia ser tão egoísta como o cavaleiro estava a ser para ele.
E durante muitos anos ficaram amigos.
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A viagem ao espaço

- Despacha-te Jorge! Assim vamos chegar atrasados. – disse o Miguel.
- Espera, está quase.
Tanto um como o outro tinham que se apressar para não chegarem tarde.
Pois tinham-nos convidado para fazer uma viagem ao espaço. Estavam muito contentes, porque pela primeira vez iam entrar dentro de um foguetão.
Quando o Jorge se despachou, saíram os dois de casa. O pai do deles estava lá fora com o carro. Trazia uma camisa branca, uns calções castanhos, uns ténis amarelos e um boné azul.
- Trouxeram o lanche que a mãe vos pôs na mochila? – perguntou o pai.
- Sim.
- Então ainda bem. Eu não ia querer que vocês passassem fome.
O pai ligou o motor do carro, e depressa o Jorge e o Miguel se sentaram nos assentos destinados para cada um.
Depois de alguns minutos chegaram a uma casa. Era a casa do Sr. Daniel que era um grande inventor e os ajudava quando queriam viajar.
- Venham comigo – ordenou ele – tenho ali uma grande construção ao pé da minha casa que serve de estação espacial, e tem lá dentro um foguetão.
O homem tinha razão, era um grande edifício de tecto aberto.
<<>> pensou o Jorge. – <<>>
O pai deixou-os com o Sr. Daniel porque já estava atrasado para o trabalho.
Ligou novamente o motor do carro, disse <> e partiu a toda a velocidade.
- Então, vamos entrar? Tenho a certeza que estão em pulgas. – disse confiante o Sr. Daniel.



De seguida entraram os três na construção. Era um edifício grande, com janelas altas e bonitas, um tecto aberto e um grande foguetão.
Nesse momento fizeram várias perguntas:
- O buraco é para a descolagem?
- Quando é que partimos?
Ele respondia a todas sem hesitar:
- Sim, o buraco é para a descolagem, mas há uma coisa que vocês não sabem.
- Qual? – gritaram em uníssono.


- É que há um corredor ligado ao buraco, mas é invisível! Eu carrego num botão e o corredor aparece. Mas o mais incrível de tudo é que as outras pessoas não vêm o corredor nem o foguetão.
Logo a seguir o Sr. Daniel disse-lhes para subirem para o foguetão. Era um espaço com milhões de botõezinhos pretos e vermelhos.
-Quem é que vai pilotar esta coisa? – perguntou o Miguel.
- Sou eu. – respondeu o Sr. Daniel. – Mas é através de telecomando. Sentem-se.
E assim fizeram, passados alguns minutos já estavam no espaço. Tinham os dois telecomunicação para falarem com o Sr. Daniel.
Percorreram o espaço durante algumas horas. Não tinham nada para fazer, até que o Miguel teve uma ideia:
- Podíamos ir lá para fora!
- Estás doido? Nem temos fatos!
- Isso é o que nós vamos ver! Deve haver aqui algures. – disse o Miguel.
Então começou a procurar: procurou nos armários, ao pé das camas e em todos os compartimentos que havia. O Jorge ajudou - o a procurar mas sem sucesso.
De repente ouviram a voz do Sr. Daniel:
<<>>
- Sim está. – disfarçaram eles.
Quando a voz se foi embora comentaram entre eles:
- Vamos abrir a porta para ver se conseguimos respirar!
- Sim mas com cuidado.
- E então quem vai?
- Podes ir tu Jorge.
- Está bem. – respondeu ele indignado.
E depressa se dirigiram para a porta. Abriram – na com cuidado mas de repente foram os dois levados pela atmosfera.
Caíram muitos metros abaixo até aterrarem num local onde havia muitos buracos.
- Isto deve ser a lua! – exclamou o Miguel.
- E é a lua!
E enquanto diziam isto, iam - se aproximando cada vez mais perto uns homenzinhos verdes. Um veio ao encontro deles e disse quase a chorar:
- Estes últimos anos não temos recebido visitas! A ultima vez que cá vieram pessoas foi quando o homem pôs o primeiro pé na lua. Por isso queremos que tomem estes rebuçados. Sem eles vocês não conseguem respirar. Os rebuçados são para chupar. Então querem uns quantos?
Como estavam aterrorizados os dois amigos acenaram que sim.
O homenzinho deu um grande saco aos dois. E claro que meteram logo os rebuçados na boca se não podiam morrer.
- De onde vieram? - perguntou –lhes ele.
- Bem… - respondeu o Miguel já mais confiante. –… nós viemos ao espaço num foguetão e agora estamos perdidos.
- Não se preocupem, eu levo - os na minha nave! – disse o homenzinho verde.
E então, entraram para dentro da nave e partiram.
Estavam muito sossegados quando encontraram um príncipe. Ele cabisbaixo estava sentado num asteróide. Tinha um cabelo tão castanho como um carvalho, uma vestimenta amarela cor de ouro e umas calças roxas.
- Porque estás tão triste? – perguntou o Miguel.
- Porque as pessoas do meu planeta não gostam de mim. Dizem que eu não sou um príncipe sem uma coroa.
E dizendo isto, continuou cabisbaixo.
- Nós vamos ajudar-te.
- A sério?
- Sim. - disseram os três.
- Então sigam –me. – disse o príncipe.
Depressa o Miguel e o Jorge entraram para dentro da nave com o E.T. A seguir seguiram o príncipe.
Entraram num planeta que só tinha três cores: castanho, amarelo e roxo. As folhas das árvores eram todas amarelas, os troncos, o castelo do príncipe e a terra eram castanhos e o céu e as nuvens eram roxos.
Depressa eles encontraram as pessoas e disseram - lhes que um príncipe não tinha de usar uma coroa, mas tinha de ser amável e preocupar – se com o seu povo.
As pessoas perceberam e começaram a gostar mais do príncipe.
- Muito obrigado por me ajudarem, adeus.
- Adeus!
Depois das despedidas os três continuaram a viagem. De repente viram uma luz lá ao longe. Era uma estrela. Correram ao pé dela a saber o que é que se passava. Era uma estrela muito prateada, com um lacinho amarelo, uns olhinhos esbugalhados e dois chuchus castanhos bem assentes no centro da cabeça pontiaguda.
- O que é que tens? – perguntou o E.T.
- Como sou prateada as minhas amigas não me deixam entrar nas constelações. Acham que fica feio uma estrela prateada. Como são todas douradas…
- Não te preocupes que nós vamos ajudar – te! – ofereceu o Miguel.
- Obrigado, muito obrigado!
Então o E.T com a sua magia cobriu algumas estrelas de prateado. E quando essas estrelas quiseram entrar na constelação, as outras estrelas ( as que estavam douradas) não as deixaram entrar. E então perceberam que não importava a cor mas sim estarem todas juntas.
- Obrigado! – repetiu mais uma vez a estrela.
- De nada. Até á próxima! – responderam eles.
A seguir encontraram um planeta com muitas árvores e pássaros contentes a piar. De uma árvore oca saiu uma fada. Tinha um bonito vestido de seda com flores azuis e amarelas, uma coroa de margaridas e uma varinha com uma estrela tão dourada e amarela como ouro.
- Olá eu sou a fada Júlia. A floresta inteira vai ser destruída por escavadoras gigantes e eu e as minhas amigas fadas estamos em perigo. – disse rapidamente.
- Espera, fala mais devagar. Há escavadoras gigantes a destruir a floresta?
- Sim.
- Então vou levá-las a vocês às árvores para a lua e lá nada vos vai fazer mal. – disse o
E dizendo isto fez magia e as fadas e as árvores desapareceram. A seguir continuaram viagem.



Voaram , voaram até encontrarem o foguetão que já estava parado. Eles despediram - se do E.T e subiram a bordo do foguetão.


Passadas algumas horas já estavam em casa do Sr. Daniel.
- Então meninos aconteceu alguma coisa que eu não saiba?
­- Não, nada mais nada menos que uma aventura com homenzinhos verdes e outras coisas do espaço. – disse a rir o Miguel.

Quando acordou o Miguel disse:
- Isto deve ter sido um sonho! E o meu irmão Jorge estava comigo!
Depois, abriu a janela e de repente caiu do céu um papel a dizer:

Obrigado por tudo!
Do E.T, do príncipe, da estrela prateada e da fada Júlia.

David Santos

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